segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O brega e a revolução.

"Sim, todo amor é sagrado" é o que diz a música. Mas o fruto do trabalho "é mais que sagrado, meu amor".
Então, ressoa aquilo que foi e que pode ser amor e que é amor. Essa palavra de tamanha sensibilidade e intensidade e, ao mesmo tempo, tão simples, amor. Carregada de muitos sentidos, inúmeros sentimentos, muitas vivências, lembranças e perspectivas.
"Enquanto a chama arder" haverá um coração amando, querendo amar. Disposto ao amor.
Aquilo que poderia mudar a vida de muita gente também se alimenta de uma chama, outra, porém. Do fruto do trabalho. "O sono é sagrado e alimenta de horizontes o tempo acordado de viver", sem sonhos, sem vida.
O sonho da vida transformada. O sonho do amor bem vivido. O sonho, a chama.
Assim como Adélia, corajosa ao dizer que o cu é lindo, a coragem do desejo de amar nos faz cometer loucuras. E a loucura de amar ou revolucionar arde nesse peito.
Qual das duas é possível?
Não sei.
A quem não é dada a chance de revolucionar, saiba que todo amor é sagrado.
"No inverno te proteger, no verão sair pra pescar
No outono te conhecer, primavera poder gostar
No estio me derreter, pra na chuva dançar e andar junto"
Numa noite como essa, nada mais brega que desejar amor e revolução.